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Dar segurança às crianças em tempos turbulentos
Segurança – um sentimento fundamental e essencial para cada um de nós quando se trata de um desenvolvimento saudável e da construção de laços de confiança. A segurança é, na sua essência, tudo em torno do qual giram as nossas vidas. Quaisquer que sejam os desejos, objetivos e necessidades que procuramos e examinamos na sua essência, a força motriz secreta é o desejo de segurança.
Mas todos sabemos que há momentos em que esses alicerces são abalados, por mais que tentemos evitar. O melhor sistema de alarme não consegue impedir completamente um arrombamento, nem o seguro de vida mais caro consegue salvar uma vida.
Um relacionamento familiar quebrado, doenças, dificuldades financeiras ou outras circunstâncias desafiantes podem, por vezes, abalar-nos a nós próprios e à nossa vida familiar. Isto acontece de tempos a tempos, e nem tudo é controlável – agora é tempo de recorrer a todos os nossos recursos para ultrapassarmos a crise juntos. O nosso foco está nos nossos filhos, a quem apoiamos e cujo bem-estar gira muitas vezes em torno deles.
Se a situação se tornasse crítica, sacrificaríamos todo o nosso bem-estar pelo seu. Ora, é importante que isto ressoe nas crianças, que o nosso amor as sustente e sustente realmente.
Então, o que podemos nós, enquanto pais, fazer para dar aos nossos filhos uma sensação de segurança em qualquer crise? Eis um breve guia de segurança, pesquisado e testado na prática.
O Guia de Segurança
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Tenha em atenção os sinais das crianças:
As crianças sabem inconscientemente exatamente o que precisam. Certamente expressam-no de forma diferente de nós, adultos, verbalmente. O nosso trabalho é interpretar os sintomas comportamentais. Têm uma maior necessidade de abraços? Estão frequentemente de mau humor, com vontade constante de comer, têm baixa tolerância à frustração ou discutem muito? Numa crise, tal comportamento, mesmo que fora do comum, é sempre um indício de uma necessidade mais profunda — raramente se trata de quem brinca com a boneca ou se a criança está realmente com fome. Observe a criança, coloque-se no lugar dela e ouça a sua intuição para determinar qual a necessidade que está por detrás do comportamento. -
Fala, fala, fala:
Ao contrário da crença de muitas pessoas que presumem que tudo deve ser mantido longe das crianças, é muitas vezes muito importante que os pais falem com os seus filhos – de uma forma adequada à criança e à sua idade, claro. Seja qual for o desafio, nós, humanos, somos todos seres sencientes e podemos sentir inequivocamente quando algo está errado. Se a situação for completamente obscura para a criança, pode ser muito confusa. Ela apenas sente: algo está errado. Mas ninguém lhes diz o que se está a passar. Isto tem um efeito perturbador.
Uma nota importante aqui: quando falamos com os nossos filhos, devemos fazê-lo com esperança e segurança. Tornamos tangível o que está a acontecer às crianças, mas não as deixamos transportar as emoções que estamos a vivenciar. O nosso trabalho é proporcionar um porto seguro. -
Ainda vivencie coisas bonitas!
A situação pode ser tão desafiante que mal temos forças para lidar com ela, mas vale a pena. Mesmo o mais pequeno momento de normalidade e segurança pode ser extremamente útil e encorajador – não só para as crianças, mas também para nós próprios. Bebam chocolate quente juntos. Aconcheguem-se na cama e leiam um livro. Olhem pela janela juntos. Façam um pequeno passeio e parem conscientemente para tudo o que interesse à criança. Apenas alguns minutos de atenção por dia podem ser úteis. -
Continue a olhar a criança nos olhos:
O contacto direto é um bálsamo para a alma. Muitos adultos tendem a isolar-se perante os problemas ou a desfazer-se de tudo o que vêem de fora – mas existe a possibilidade de nos mantermos conscientemente ligados aos nossos familiares, especialmente aos nossos filhos. Se olhar diretamente para a criança repetidamente e sorrir, ela sentirá: A mamã/O papá ainda está lá. Eles estão presentes. Eles estão presentes. Eu não estou sozinho. As dificuldades da vida fazem parte da vida, e a criança vive agora esta situação – mas com a sensação de que não está sozinha. -
Por último, mas não menos importante: a esperança!
Uma crise termina sempre com a atitude certa: é importante que todos, adultos e crianças, sintam e acreditem que esta situação é apenas temporária. As coisas não vão ficar como estão e acabar outra vez. Vai melhorar, prometo. Quando os pais sentem uma esperança genuína e a espalham por todo o ambiente, os seus filhos também partilham esta atitude positiva. Este processo ocorre de forma inconsciente, dependendo da idade, mas é essencial para uma sensação de segurança e, já agora, uma ferramenta útil para a vida adulta posterior.
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